PMs de Marabá são presos por tortura, sequestro e homicídio no Pará Policiais militares do 32º Batalhão da Polícia Militar desarticularam uma quadrilha que agia na zona rural do município de Cametá, na região de integração do Tocantins. Durante a ação, que ocorreu na manhã da última segunda-feira (27), os agentes apreenderam sete armas de fogo, incluindo armamento de grosso calibre, munições e rádios comunicadores. Dois sargentos da PM de Marabá estão entre os presos na ação. A unidade recebeu a informação que o corpo de um homem que estava desaparecido havia sido encontrado em um rio na região da ilha de Laranjal e, segundo as denúncias um grupo armado, estaria ameaçando parentes da vítima que tentavam se aproximar do corpo. Uma equipe da Polícia Militar, acompanhada de militares do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), se deslocou para a região.
Em rondas realizadas pelos rios da região, uma embarcação, com três homens com as características repassadas nas denúncias, foi abordada, e com eles foram apreendidas duas armas de fogo e foi constatado que um deles estava foragido de sistema penal.
As buscas continuaram em uma área de mata, onde dois suspeitos foram detidos e mais duas armas foram apreendidas. Os presos foram identificados pelos nomes de Benedito Nei Ferreira Queiroz, Fábio Rodrigues Moreira, Kleber Moreira Costa, Ailson Sousa do Nascimento (3º sargento PM – comandante do Destacamento da Vila Santa Fé), Rithon Klebes Lopes Moreira (3º sargento PM – Destacamento de Piçarra) e Joel Júnior Rodrigues.
Dois dos suspeitos são sargentos da Polícia Militar (Ailson e Rithon), conforme identidades funcionais. Todos os integrantes da quadrilha, incluindo os militares são de Marabá, no sudeste do Pará.
Os suspeitos conduziram os militares até o local utilizado como base pelo grupo. Dois homens estavam no local e um deles tentou fugir atirando contra os militares, que revidaram. Um dos suspeitos foi atingido e socorrido, contudo, não resistiu aos ferimentos. Durante a revista na área, foram encontradas armas de grosso calibre, incluindo um fuzil AR15, com 110 munições. Na ação, além do fuzil, foram apreendidas duas pistolas, calibre .40, uma pistola, calibre .9mm, uma pistola, calibre .380, um rifle de precisão, calibre .17, com mira telescópica acoplada, uma espingarda calibre .28 de fabricação caseira, 189 munições de diversos calibres, dois aparelhos celulares e dois rádios comunicadores. Na apresentação na delegacia da Polícia Civil, o grupo foi reconhecido por uma vítima, que foi torturada e mantida em cárcere privado pelos suspeitos. Todos foram apresentados para a autoridade policial de plantão. Fonte: Debate Carajás