O projeto tem previsão de acontecer em cinco anos corridos e até 1.600 pessoas devem ser contratadas no pico da obra, ano que vem. Começam neste mês de agosto os trabalhos para a construção de duas pontes sobre o Rio Tocantins, em Marabá: uma exclusivamente rodoviária e outra exclusivamente ferroviária, cada uma com 2,3 km de extensão. As construções, que ficarão a 300 metros da ponte rodoferroviária já existente, ampliarão tanto a capacidade de transporte de minério e outras cargas, como desafogarão o trânsito rodoviário na ponte existente hoje. O investimento total da obra é de US$ 830 milhões, algo em torno de R$ 4,1 bilhões. De acordo com Plínio Tocchetto, gerente executivo de Projetos da Vale, o prazo da obra será de cinco anos e a previsão é que no pico das obras (segundo ano das obras de construção civil) sejam gerados 1600 empregos. Agora, em agosto, têm início os serviços preliminares como a construção de canteiros e terraplanagem. Conforme o que foi repassado pela Vale, uma das premissas para contratação é a priorização da mão de obra local em articulação com o Sistema Nacional de Emprego (Sine), assim como a aproximação com a Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM) para o fomento da contratação de fornecedores da região. Segundo as informações que foram prestadas à Imprensa, além das duas pontes, haverá mais 4,7 km de impacto da obra, com as duas cabeceiras de acessos, uma do lado do Bairro São Félix e outra do lado da Nova Marabá. Do projeto Os números apresentados pela mineradora, em Marabá, indicam que serão empregadas na obra 24,1 mil toneladas de estrutura metálica; 2,5 mil toneladas de camisa metálica; e 61,2 mil metros cúbicos de concreto. As construções ampliarão tanto a capacidade de transporte de minério e outras cargas como desafogarão também o trânsito rodoviário na ponte existente. Contribuirá também com travessia segura de pedestres. De acordo com Paulo Carreiro, gerente de Engenharia da Vale, o projeto foi dimensionado, certificado e passou por outras análises, inclusive o estudo de navegabilidade, com simulação realizada com 35 sequências. Rodovia duplicada De acordo com Plínio Tochetto, a Vale vem mantendo diálogo com o governo do estado no sentido de encaixar o desenho da ponte, notadamente a cabeceira do lado da Nova Marabá, no desenho da duplicação da Rodovia BR-222, que embora seja federal está sendo feita com recursos do governo estadual. Questão social e ambiental A Vale informou também que já dispõe da licença ambiental e está desenvolvendo os programas de indenização/arrendamento e acompanhamento social socioeconômico, Educação Ambiental, Apoio às Comunidades Tradicionais, Afugentamento e Salvamento da Fauna e Monitoramento de fauna e bioindicadores. Além disso, a mineradora atualmente negocia indenizações com algo em torno de 30 famílias. Cada caso está sendo tratado de forma isolada, verificando-se o grau de vulnerabilidade de cada unidade famíliar que será removida para a instalação das cabeceiras das pontes. Fonte: Zé Dudu