Luiz Cláudio Mazzuca Filho, de 35 anos, fez duas aberturas de crédito de R$ 200 mil e R$ 300 mil, mas não pagou, e valores reajustaram. Instituição cobrou pagamento judicialmente. O empresário Luiz Cláudio Mazzuca Filho, de 35 anos, morto fuzilado ao deixar uma academia em um carro de luxo na zona Sul de Ribeirão Preto (SP), devia mais de R$ 500 mil a um banco. Mazzuca Filho foi morto no dia 29 de setembro. Nesta terça-feira (4), dez pessoas, entre familiares, amigos e funcionários da academia onde o crime aconteceu, foram ouvidas pelo delegado Rodolfo Sebba, responsável pelo caso. A expectativa é de que novos depoimentos sejam colhidos nos próximos dias. A Polícia Civil busca identificar os atiradores. Já em relação à dívida, o empresário fez duas aberturas de crédito no ano passado com a mesma instituição bancária. Em fevereiro de 2021, Mazzuca e o banco celebraram uma abertura de crédito em conta corrente de R$ 200 mil. No entanto, a dívida não foi paga e, com as correções monetárias, o valor foi reajustado para R$ 201.533,33. Já a outra abertura de crédito foi feita um mês depois, no valor de R$ 300 mil. Novamente a dívida não foi paga, e o valor subiu para R$ 302.362,95. No total, Mazzuca Filho devia mais de R$ 500 mil. O valor foi cobrado judicialmente. Investigações Mazzuca era dono de um bar na Avenida César Vergueiro e de uma empresa de peças e pneus, mas segundo o Departamento de Tributos Imobiliários, ligado à Secretaria da Fazenda de Ribeirão Preto, o empresário não possuía imóveis no nome dele. Nas redes sociais, onde tinha mais de 100 mil seguidores, ele publicava fotos com carros importados de luxo. Na noite de quinta-feira (29), quando foi morto, estava dentro de um Porsche. A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico do empresário a pedido da Polícia Civil como parte das investigações do caso. Com o histórico de conversas em aberto, a investigação acredita que vai ser possível confirmar ou descartar se Mazzuca Filho vinha sendo ameaçado antes de ser morto. O caso, registrado por câmeras de segurança, já é tratado como uma execução, mas por causas ainda não explicadas. O objetivo da Polícia Civil é identificar, além dos atiradores, eventuais mandantes do crime. A extração dos dados do celular está em andamento e devem durar mais dois dias, já que há ao menos dois terabytes de conteúdo. Morto em frente a academia De acordo com o boletim de ocorrência, Mazzuca Filho tinha acabado de sair da academia, às 22h11, na Rua Manoel Lopes Velludo, onde estava com a namorada. Em seguida, cada um entrou em um automóvel para ir embora. Enquanto manobrava o carro para sair do estacionamento em frente ao estabelecimento, Mazzuca Filho foi fechado por um automóvel que chegou pela rua. Na sequência, dois homens armados desceram e começaram a atirar contra o carro do empresário usando um fuzil e uma pistola 9 milímetros. Veja no vídeo acima. A vítima morreu dentro do carro, antes da chegada do socorro médico. Uma funcionária da academia, de 26 anos, que ia pegar a moto estacionada na rua para ir embora, foi baleada no braço e no quadril. Ela foi atendida pela Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-UE) . A namorada do empresário, que prestou as primeiras informações à Polícia Militar, não se feriu. Mazzuca deixou um filho de 12 anos, fruto de outro relacionamento. De acordo com o boletim de ocorrência, dos 35 projéteis disparados pelos criminosos, três também atingiram a parede da academia. O carro e o celular da vítima foram apreendidos e devem passar por perícia no âmbito das investigações da Polícia Civil. Fonte: G1