A agenda faz parte da presença da comitiva na Suíça para participação no Fórum Econômico Mundial O Pará é o único estado com governante convidado para participar como painelista do Fórum Econômico Mundial. O evento ocorre no período de 22 a 26 de maio, em Davos, na Suíça. Durante a passagem pelo país, nesta terça-feira (24), o governador Helder Barbalho participou de uma reunião na Universidade de Zurique com diversos executivos de empresa, apresentando as ações realizadas pelo governo paraense para frear o desmatamento ilegal e que promovem o desenvolvimento sustentável. De acordo com o Chefe do Executivo Estadual, o Pará vem demonstrando que possui ambientes de negócios favoráveis para investimentos que oportunizem o desenvolvimento atrelado à preservação da natureza. No Pará, iniciativas para a transição do desenvolvimento, que antes eram baseadas apenas na extração, já podem ser constatadas. Iniciativas que geram emprego e renda, juntamente com o desenvolvimento de baixo carbono. A participação do Pará na reunião representou uma importante oportunidade de apresentar o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), o Plano Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), as ações de reflorestamento, de recuperação das áreas degradadas e para reafirmar o compromisso que o governo do Pará possui com a agenda de clima. “É fundamental destacar que os executivos que participaram demonstram interesse nas ações agroflorestais, destacando a importância da rastreabilidade da nossa produção, o compromisso do Estado na agenda de baixo carbono e os compromissos de zerar a emissão de gás carbônico até 2035. Portanto, apresentar isto e fazer um chamamento demonstra a oportunidade que temos com a bioeconomia, com o desenvolvimento sustentável e o compromisso de baixo carbono do estado do Pará a fim de construir um novo modelo de desenvolvimento. Olhando o presente, mas acima de tudo garantindo o futuro”, ressaltou o governador Helder Barbalho. Baixo carbono
Dentre as medidas que buscam a transformação de desenvolvimento sustentável está a política Territórios Sustentáveis (TS), que compõe o eixo ‘Desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono’ do PEAA. A iniciativa investe em Sistemas Agroflorestais (SAf) a fim de se obter produções mais sustentáveis. Já o Plano Estadual de Bioeconomia começou a ser construído após a instauração do Grupo de Trabalho que reúne representantes de mais de 40 instituições. A primeira oficina para a construção coletiva do plano teve início na última segunda-feira (23). Ainda em outubro deste ano, o Planbio deverá ser apresentado para validação.
As ações de preservação e geração de valores ambientais, de acordo com o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, podem ser potencializadas e ter os resultados ampliados por meio de futuras parcerias.
“Viemos fazer conexões e parcerias para alavancar as escalas das nossas políticas públicas, sobretudo voltada para mudança de chave em nossa economia e favorecer os mais necessitados na busca de uma empregabilidade, renda e condições melhores de vida. Que a gente possa diminuir o desmatamento, fazer restauração florestal e incentivar a nossa economia vocacionada, seja ela do cacau, do açaí, da castanha e tantos outros produtos do Pará e da Amazônia que nós precisamos alavancar”, afirmou.
Na oportunidade foram apresentados os chocolates feitos com cacau cultivado no Pará. O chocolate é produzido em um assentamento de nome Tuerê, localizado no município de Novo Repartimento. O chocolate foi premiado no salão de Paris, maior evento de cacau e chocolate do mundo, com melhores amêndoas, melhores sabores e aromas. “Nós fizemos questão de trazer para a terra do chocolate, um produto produzido com sustentabilidade e sistemas agroflorestais, garantindo a sustentabilidade, restauração florestal e renda para o produtor paraense”, afirmou o secretário adjunto Raul Protázio.
Acompanham o chefe do executivo paraense nos compromissos na Suíça o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, o secretário adjunto de Gestão de Recursos Hídricos e Clima, Raul Protázio Romão, o coordenador de Relações Internacionais, Everton Vieira Vargas, e a diretora de Bioeconomia, Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais da Semas, Camille Bendahan Bemerguy. Por Aline Saavedra (SEMAS)