A Feira de Agronegócios de Parauapebas (FAP), sudeste do Pará, que aconteceu de 4 a 8 de outubro, e que já foi considerada como uma das maiores exposições agropecuárias do estado tem cada dia se superado na desorganização da festa que tem a frente o Sindicato dos Produtores Rurais do município (Siproduz), isso porque, o evento a cada ano tem deixado a desejar.
Em 2023, o evento do setor agropecuário não foi o sucesso que esperavam, a festa foi reduzida para cinco dias e trouxe um sentimento de descontentamento tanto para quem prestigiou a feira, como para quem dependia dela para garantir a renda familiar.
Assim como os dias de festa, o número de empreendimentos expondo sua marca e produtos dentro do parque de exposições também reduziu, resultando em poucas opções para o público prestigiar. Outra reclamação foi em relação as atrações da FAP 2023, resultando em públicos reduzidos, a exemplo da apresentação da Dupla Jorge e Mateus, o show foi realizado durante a semana, quem precisava trabalhar no dia seguinte, não saiu de casa, da mesma forma ocorrida na apresentação de Hugo e Guilherme, além de Eric Land, o espaço destinado aos shows não chegou a ficar lotado.
Um prejuízo financeiro aos pequenos, médio e grandes empreendedores, segundo os vendedores autônomos que montaram barracas do lado de fora do parque, esse ano foi de prejuízos, devido a movimentação que não foi como o esperado por todos.
Para quem optou por montar estrutura do lado de dentro, a opinião não foi diferente, teve aqueles que preferiu investir em algo mais tímido, diferente de outros anos, pois o valor para expor estava caro, chegando a R$ 15 mil reais para ocupar um espaço na feira do agronegócio o que não visão deles não compensaria, devido a pouca divulgação do evento e movimentação no local.
Antes mesmo da festa encerrar, muitos desistiram de permanecer no local, já que a movimentação nos dias de festa não foi como o esperado.
Já o casal, Marconi Souza e Lúcia Soares, investiram na venda de bebidas, eles destacaram que a aquisição feita foi um fracasso e segundo os empreendedores as expectativas colocadas no evento, não foram supridas.
“Nota zero! O que eu compro para um dia de festa, não vendi nos últimos 5 dias evento.” frisou Marcone.
” Quando a crise chegou na cidade, também transparece na Feira, então foi sim um prejuízo, além do valor altíssimo que estavam cobrando lá dentro, quem é pequeno não tem condições de pagar.” Pontuou Lúcia.
As reclamações da 17ª FAP, não se limitou somente nos empreendedores, mas também de quem passou pelo local como visitante, e um dos maiores absurdos já realizado pelo sindicato responsável pela realização da festa foi de limitar o espaço, esquecendo da acessibilidade, o que dificultou o acesso de cadeirantes ao local, isso porque na entrada do parque de exposição foi montada barricadas de concretos para impedir a passagem de carros e motos no estacionamento localizado a frente dos portões, esquecendo que, assim como todos, também passariam pelo local cadeirantes e deficientes visuais, acesso limitado também nos chamados camarotes, já que para acessar o espaço era preciso utilizar escadas.
Na era de direitos iguais e mais acessibilidade, a organização esqueceu que a feira do agronegócio é voltada para todos os públicos, e quem sabe no futuro pense em todos que prestigiam o evento.
Segundo relatos de empreendedores que preferiram não se identificar, produtos foram terceirizados dentro do parque de exposições, obrigando todos a comprar somente dentro do espaço, produtos que seriam mais em conta fora da feira, dentro estava com valores excessivos.
Assim como outros expositores e empreendimentos, não participaram da feira dos agronegócios deste ano, quem participou da FAP 2023 prometeu não voltar ano que vem. Infelizmente, o que era para se tornar uma festa bonita e economicamente lucrativa para Parauapebas, mais uma vez se tornou um fiasco.
A desorganização da festa, foi perceptível desde a realização da cavalgada, que deixou um rastro de sujeira e bagunça por toda parte, após a realização da tradicional cavalgada o que se viu foi lixo espalhados nas ruas e nos locais montados pelas comitivas. Além do reflexo do uso excessivo de bebida alcoólica que resultou em brigas e discussões.
Outro ponto observado, foi o exagero nas infrações de trânsito, onde condutores circulam sem o equipamento de segurança e com o número excessivo de pessoas em motocicletas. Além dos transtornos, nas vias da cidade, diversos pontos estão interditados.
Procuramos a diretoria do evento para se pronunciar para justificar os prejuízos causados pelos erros recorrentes da FAP, anos após anos. Mas até o fechamento desta edição não tivemos retorno.