Organizadores também irão doar 3 mil kits com alimentos. Além de pães e frutas, será distribuído arroz doce preparado com produtos das cooperativas do MST. Como parte das mobilizações nacionais do Grito dos Excluídos, que traz como lema “200 anos de (in)dependência para quem?”, manifestantes distribuem na manhã desta quinta-feira (7) café da manhã para 5 mil pessoas em situação de rua na Praça da Sé, no Centro da capital paulista, em tendas montadas no local. Os organizadores – o Movimento da População de Rua, a campanha “Gente é para brilhar e não para morrer de fome”, os Comitês Populares e o Movimento Sem Terra (MST) – também irão distribuir 3 mil kits com alimentos.
Além de pães e frutas, será distribuído arroz doce preparado com produtos das cooperativas do MST. A atividade é parte da agenda de ações da Mobilização Nacional Contra a Fome e a Sede, assim como do calendário de lutas do 28º Grito das Excluídas e dos Excluídos. “A ação deste ano ocorre em um momento em que os dados relacionados à insegurança alimentar no Brasil são alarmantes, considerando que além de termos voltado ao mapa mundial da fome, já contabilizamos mais de 33 milhões de pessoas famintas no país”, afirma, em nota, Carla Bueno, engenheira agrônoma do setor de produção do MST e integrante da campanha “Gente é para brilhar e não para morrer de fome”. “Queremos promover uma manhã de dignidade coletiva para estes que estão excluídos, abandonados pelo sistema político e à margem dos direitos civis, quando na verdade deveriam ter acesso a saúde, emprego, moradia, cultura e educação”, completou. Organizado em todo o país por diversas entidades e movimentos sociais a partir da iniciativa das pastorais sociais, neste ano as ações questionam as comemorações oficiais do Bicentenário da Independência. O Grito é uma manifestação popular iniciada em 1995 que integra pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos no Brasil. As manifestações levantam pautas como a situação de rua de famílias na capital, o desemprego, os baixos salários, a violência policial, os ataques aos povos indígenas e aos ecossistemas, o aumento dos casos de feminicídio, a violência contra crianças, pessoas idosas e pobres, e a ausência de políticas de assistência social, de saúde ou educação. Fonte: G1